por Paty Silva Cacciatore
(originalmente publicado em sua página pessoal do Facebook)
Vou contar mais um “causo” de rua.
Ontem esperando uma conexão no meio da Sé, um homem franzino e falando bem baixinho me chamou, quase que sussurrando. Cachaçado em alto grau, mal conseguia ficar em pé. Às vezes eu o segurava pela gola da jaqueta, em outro momento escorava ele num poste. Chamei-o de caranguejo também kkkkkkk.
Ele não queria dormir na rua naquele dia. Tinha no bolso encaminhamento para o Complexo Prates (Cracolândia). Não queria ir para a Luz, tinha medo de se perder. Me ofereci para acompanhá-lo no local que o atenderam, vai que alguém o ajudava melhor que eu. E ele chorava, falava que estava machucado. Um dos braços parecia não ter por completo.
Vamos, não vamos, e o tempo passava. Lembrou-se que era seu aniversário. Dizia – Hoje é dia 2 de agosto, quarta?…
Ver o post original 193 mais palavras